O Plano de Ação para a Economia Circular é o guião da estratégia nacional para mudar um modelo económico pouco sustentável, caro e gerador de desperdícios.
Uma redução de cerca de 30% nas necessidades de matérias-primas, potenciadas pelos ganhos de eficiência e produtividade dos recursos numa economia circular terá um impacto positivo de 3,3 mil milhões de euros em termos de valor acrescentado bruto.
É para alcançar estas e outras metas que existe o Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC) português, publicado em Diário da República no final de 2017.
O PAEC define a estratégia nacional e um conjunto de boas-práticas para a economia circular. Alinha o enquadramento, define ações concretas para atingir estas metas e pretende contribuir com linhas orientadoras para agendas específicas de transição, regionais e setoriais. No caso dos setores, as primeiras orientações de agenda vão para as compras públicas e para a construção, um domínio que em todo o contexto europeu merece especial atenção, pelo uso intensivo de recursos primários, baixa produtividade de material e baixo nível de circularidade. Em Portugal, a atividade produz 40% dos resíduos setoriais e a taxa não está a baixar.
As ações que vão ser propostas, enquadradas e acompanhadas pelo PAEC são transversais a várias áreas e são sete: Desenhar, Reparar, Reutilizar; Incentivar um mercado circular; Educar para uma economia circular; Alimentar sem sobrar: produção sustentável para um consumo sustentável; Nova vida aos resíduos; Regenerar recursos: água e nutrientes; Investigar e inovar para uma economia circular.
O calendário de ação está definido até 2020, altura em que o plano será ajustado para mais um fôlego, rumo a 2025.
Fonte: Jornal de Negócios
2019.04.30